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Eduardo e os elefantes (Celso Sisto & Aline Abreu)


Os versos de Celso Sisto juntaram-se às gotas de aquarela de Aline Abreu para compor esta obra que não fala apenas do reboliço que as emoções fazem no nosso mundo interno, mas da repercussão delas no mundo social. As emoções e reações de Eduardo são tão fortes e intensas, que ninguém tem muita paciência com ele. De repente, é como se ele se tornasse o próprio elefante - que incomoda muita gente.

Afinal, não basta aprender a identificar e nomear as emoções, um dos grandes desafios da aprendizagem social é saber expressar adequadamente o que sentimos. Lembram de um livro que já passou por aqui?

No livro de Blandina e José é a raiva que cresce e cresce; neste livro, Eduardo tem seus elefantes que gritam com ele, tirando seu sossego. Assim como Eduardo, estamos levando os elefantes para todos os lugares que vamos, e nem sempre conseguimos impedir suas patas e suas trombas de esbarrar em alguém.

Pontos de conversa:

1) Auto-conhecimento;

2) Emoções e impulsos;

3) Aprendizagem emocional e social;

4) Amizade;

5) Mudanças e transformações;

6) Fome;

7) Egoísmo;

8) Ciúmes;

9) Medos e dúvidas;

10) Segredos;

11) Inseguranças;

12) Relacionamentos;

13) Brincadeiras e vida escolar;

14) Animais selvagens e animais domésticos;

15) Elefantes: biologia e simbolismos;

16) Paciência;

17) Auto-observação;

19) Tristeza;

20) Sonhos e fantasia.

Dicas de mediação:

>> No livro você, vai encontrar uma ruptura na história. Entre as páginas 24 e 25, há uma fronteira entre o mundo interno e o externo. Vamos aproveitar para dividir nossas dicas dessa forma também! <<

Mundo Interno de Eduardo

1) Eduardo tem no corpo dele não um, nem dois... mas "Eram seis: dois escondidos nos olhos, dois guardados atrás das orelhas, um na boca e o último no umbigo!". (Págs. 4 e 5). Como será que cabem tantos elefantes em um menino só?

2) Ainda nas primeiras páginas, encontramos na ilustração os pés de Eduardo e as pegadas de seus elefantes. Quantos tipos de pagadas as crianças reconhecem? São todas do mesmo tamanho? A pegada marcada em vermelho parece ser um elefantão! Onde será que ele fica no corpo do menino?

3) Os Elefantes Caleidoscópicos são aqueles de cor azul que ficavam nos olhos de Eduardo. Eram capazes de criar lágrimas, fazer pesar os olhos, criar constelações e sonhos (Págs. 6 a 9). Que emoções são aquelas que nos fazem chorar diante do belo e do feio? Qual o instinto que nos dá vontade de ir à Via Láctea?

4) Para tirar Eduardo da lua, dois elefantes amarelos, os Menestréis, vêm ao resgate (Págs. 10 a 13). São como bardos que acalmam o rapaz com versos e palavras doces, revelando a verdade em suas melodias. O que acalma as crianças e as tira do mundo da lua?

5) Da boca de Eduardo vem o reclamão, o elefante vermelho da fome que grita com o Eduardo e o faz gritar. Ninguém consegue calar a fome. (Páginas 14 a 17). O que a fome faz com nosso corpo e com o nosso humor?

6) Já foram 2, 4 e 5. É hora de conhecer o sexto elefante. Antes de virar a página, vocês podem conferir com as crianças. Onde o sexto elefante fica mesmo?

7) Muito bem, elefante Serafim! Do umbigo vem agitado criando alvoroço, devora (pág. 20), briga (pág. 21), é mal-humorado, descarado e irritado (pág 22). Seus desejos têm que ser atendidos, "não banque o atrevido" (págs. 22 e 23)! Existe nas crianças um elefante assim, que quer ter suas vontades realizadas de maneira imediata?

Mundo Externo de Eduardo

1) Depois de conhecer a versão do Eduardo, de seus elefantes estrambólicos e coloridos, temos que conhecer a versão das pessoas que convivem com o Eduardo. (página 1). É surpresa para as crianças descobrirem que os elefantes de Eduardo davam patas e patadas nas pessoas ao redor?

2) Na página 3, descobrimos como os elefantes se comportam com as outras pessoas. Depois do modelo ''elefantes pelos olhos, fuzilando todo mundo feito coisa de chorão quando alguém lhe diz um não", as crianças conseguem prever o que os elefantes da orelha e da boca farão?

3) Conhecemos mais o elefante Serafim com os versos na página 4, "Elefante do umbigo, elefante meio cego, quase que não vê ninguém, quer que seja tudo, tudo para seu próprio bem". Qual é um bom sentimento para caracterizar Serafim?

4) Na página 6, incentive as crianças a descreverem a ilustração antes de ir para a narrativa. Como Eduardo está? Por que será que ele está sozinho?

a) Caso as crianças não saibam responder, reelabore a questão perguntando: "Como deve ser ter amizade com Eduardo e aguentar todos esses elefantes?".

5) Siga para a narrativa na página 7, Eduardo está só. E bem pesado. O que ele pode fazer? Como você ajudaria Eduardo?

6) Belisário - o domador de elefantes - aparece na escola. As crianças reconhecem o objeto na página 8? O que um domador de elefantes faz?

7) Belisário, forte e destemido, logo se tornou um grande amigo. Por que será que Belisário não se importava com as palavras, coices, orelhadas e patadas dos elefantes de Eduardo? (Páginas 10 a 15).

8) Com os elefantes perdendo a força, Eduardo compartilha um segredo. "Eu crio elefantes porque tenho medo!" (Páginas 16 e 17). Do que será que Eduardo tem medo? E as crianças, já criaram um elefante para se proteger de algo?

9) Junto com o medo, Eduardo tinha outros segredos que alimentavam esses elefantes! (Páginas 18 e 19) Que segredos eram esses? As crianças tem segredos parecidos?

10) Com ajuda de Belisário, Eduardo consegue transformar seus elefantes em outros animais, animais domésticos, cada um para um lugar do corpo. Antes de ler o trecho que identifica os novos animais de Eduardo, convide as crianças a identificarem eles pelas ilustrações. (Páginas 20 e 21).

Sugestões de outras atividades:

1) Quais são os elefantes que as crianças tem tido dificuldade de lidar? Por que não convidá-las a desenhar e fazer versos sobre seus elefantes?

2) Outra atividade que pode ser feita é convidar as crianças a pensarem outros animais que podem ajudá-las a lidar com seus sentimentos, medos e vontades. Talvez animais menos desajeitados, como Eduardo fez junto com Belisário.

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