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Na floresta (Anthony Browne)


Ganhador do prêmio Hans Christian Adersen, o livro Na floresta é uma obra de arte, daquele tipo que nos deixa de queixo caído e coração acelerado. O texto ambíguo e misterioso, atrai a atenção para as imagens... E que imagens! Se você procura por respostas nelas, vai se deparar com mais e mais perguntas.

É um livro inquietante, que nos tira do eixo não pelo que é dito, mas pelos tantos não ditos ao longo do livro.

O que é real e o que é fantasia se contrastam em imagens em cor e as nuances em cinza.

Pontos de conversa:

1) Histórias de suspense e terror;

2) Contos de fadas;

3) Independência;

4) Medos e anseios infantis;

5) Comunicação (ou a falta dela);

6) Imaginação;

7) Conflitos conjugais e divórcio;

8) Relacionamentos familiares;

9) Amigos imaginários;

10) Viajando sozinho;

11) Solidão.

Dicas de mediação:

Revisite este livro, infinitas e inúmeras vezes, se surpreenda e se delicie com novos detalhes, as árvores nos contam histórias do imaginário e da fantasia, mas também do mundo interno e das motivações do protagonista. Perceba a intensidade emocional que o livro passa, a confusão que perpassa a dor e a angústia, a insegurança, que vai se transformando em ansiedade, medo e terror. E se arrepie, se emocione com o desfecho do livro, cujo final feliz não responde as perguntas que ficaram em aberto, mas que tranquilizam o protagonista - e os leitores!

Perceber essa sutil atmosfera emocional conduzir as crianças por elas será essencial para sua contação.

1) O livro começa com um sust0, um som terrível - um relâmpago ilumina o céu e conseguimos imaginar o som do trovão. Quem já se assustou assim? (Página 5).

2) O clima do susto não se esvai, mas continua pela manhã e o dia seguinte. Papai não está em casa, para onde foi? Quando volta? O que posso fazer para ele voltar? O medo aqui é real, e será familiar para algumas crianças. (Páginas 6 a 8). Indague o que elas fariam nessa situação e já fizeram como o menino, deixando recados para seu pai.

3) Sua mãe lhe dá uma missão - levar doces para a avó, há dois caminhos, pela floresta é mais rápido. Esta história lhe é familiar? (Página 9).

4) Começa a segunda etapa do livro, adentrando a floresta. Ao longo das páginas seguintes, a florestas vai se adensando e com ela surgem imagens curiosas e misteriosas. Deixe as crianças explorarem as imagens! Nosso protagonista encontra com outras crianças. De que histórias elas podem ter saído? O que elas podem ter em comum com nosso protagonista - além de estarem em na floresta? (Páginas 10 a 17).

5) Finalmente, surge algo de cor, um casaco vermelho com capuz e quentinho, necessário para aquela aventura no frio. Junto com esse conforto, desponta uma perseguição! Quem será ao seu encalço? Para onde ele pode ir? Quem pode ajudá-lo? (Páginas 18 e 19).

6) Nosso protagonista acha a casa de sua avó, mas o clima de terror não se esvai. Seu formato é estranho, e mais estranho ainda é a voz que o recebe - que não parece ser a voz da vovó! O que pode ter acontecido com ela? O que nosso protagonista encontrou na cama de sua avó ao entrar? (Página 20 e 21).

7) A VOVÓ!!!!!!!!!!!!!!!! (Página 22). Junto com a vovó, vem as cores que estavam ausentes desde a entrada da floresta! Mas o livro ainda não terminou... tem alguém com a vovó, quem será?

8) PAPAI! (Página 24). Ufa! Hora de comer o bolo da mamãe, beber algo quentinho e afastar todo o medo e todo o frio que perseguiu nosso personagem ao longo da floresta. Hora de voltar para casa!

9) Mas e mamãe, que estava tão triste? Como vai nos receber? (Página 25).

=D E eles viveram felizes para sempre... Ou é o que disseram ao menino, que acreditou até o próximo raio cortar o céu e quando se fizer necessário um novo passeio na floresta.

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