Anjinho (Eva Furnari)
Enquanto jogava futebol nas nuvens brancas e macias de onde morava, Lili perdeu um de seus sapatos. Ele caiu e foi para a Terra. É nesse momento que começa toda a história. Lili decide procurar seu sapatinho e desobedece uma regra de sua mãe, segundo a qual qual anjos-crianças não deveriam sair desacompanhados. Como termina essa história? Uma dica: depende do seu ponto de vista.
O livro aborda a relação entre mãe e filha, o que podemos encontrar quando nos aventuramos em um lugar diferente e como, dependendo do ponto de vista, um objeto observado pode ou não tornar-se assustador.
Sugestões para a leitura dialógica:
1) Pergunte para a criança como ela imagina os anjos. Será que eles jogam futebol, fazem castelos de nuvens?
2) Pergunte se ela também já se equeceu de alguma regra, como a Lili. Peça para ela narrar como foi a situação.
3) Em geral, a criança percebe que Lili não está realmente vendo monstros. Converse sobre essa questão, deixando a criança se expressar acerca do papel da imaginação e de nossas emoções e como elas afetam o que vemos.
4) Caso a criança não perceba que os monstros são imaginários, deixe ela entrar na história dessa maneira (nesse caso, ela está vivendo a história do ponto de vista de Lili). Peça que identifique o “monstro” nas várias cenas ao longo a história.
5) Em um dado momento, quando está anoitecendo, Lili leva um susto. Pergunte sobre os medos, os sustos que a criança já levou. Peça para ela contar se já deu um susto em alguém e como foi.
6) Quando a mãe de Lili a encontra, ela não grita ou aplica qualquer castigo. Explore essa questão por meio de perguntas abertas.
7) Peça uma avaliação para a criança: o que achou mais interessante/engraçado/surpreendente na história (incluindo as imagens).
8) Divirtam-se!
Dicas:
a) Explore as figuras, pedindo à(s) criança(s) para nomear objetos, descrever situações, imaginar sentimentos, etc.
b) Os óculos se encontram na primeira página.
c) Leia o texto caprichando na entonação, principalmente quando estiver falando sobre medos e sustos. Isso ajuda a envolver as crianças na história e favorece a compreensão da narrativa.